Tudo é manso lá fora:
O canto do canário,
as folhas secas estalando no ciscar da ave.
Na sombra larga da mangueira,
o cão dorme aos pés da mulher
de ar pensante,que vagarosamente,
debulha o milho por sobre o avental azul.
Há um murmúrio naquele lábio quase triste,
de quem nunca provou das travessias:
(no final daquela curva,
a araucária plantada,
fincou o desgosto de um desvio.)
O menino está no berço.
No centro da mesa,sopa e pão.
A mulher debulha as horas.
Debulha o milho.
A inexatidão.
Patrícia Vicensotti
Saudade de vc
ResponderExcluirbjokas =)
E é sereno tranquilo de uma tarde no campo (que ainda não escureceu), que encontro lendo seu poema. Oh, que beleza! Adoro ler o que escreves. Adoro ver a vida leve que colocas aqui. Beijo
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