20 de julho de 2011

Efêmera espécie


Poucos me sabem.Meus passos são tímidos e minha voz quase não diz.Por amante das miudezas,tenho o apreço da insignificância.Complicada e solitária,eis que preservo meus detalhes,quem dirá á algum milagre,com olhos a ponderá-los.Sou duas décadas antes da que nasci e antecedo três da que vivo.Tenho sentido como é dificil se integrar ao que não me cabe.Que presente é esse que me impuseram?Em que futuro me alicerçarei?Que passado me persegue?Sou a desfiguração atual,que aguarda desesperadamente uma explicação coerente á minha efêmera espécie.Encontrarei enfim um convívio?Poderei Senhor,me reconhecer com naturalidade aonde estou?Tenho sofrido demais com essa vida,incompreendida pela percepção conservadora e anti-promiscua.Eu assim,quero ser só.Quero ser tímida.Distante da epidêmica materialista.Quero continuar sendo esse bicho,enjaulada pelos principios,mas altiva a minha exclusividade. 

Patrícia Vicensotti

2 comentários:

  1. Excelente a forma de você descrever os conflitos com o tempo, seus dilemas, sua angústia.
    Seja você mesma, vez em quando é difícil, pois vivemos em uma sociedade em que somos cobrados por tudo, sei disso.
    Não só você vive em conflitos com o tempo, é mais comum do que possa imaginar!Amei!
    Um beijo grande, e fique com Deus!

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  2. Ai Paty, suspirando com seus textos. Gostoso d+ entrar no seu blog e ler o que vc escreve. Deixa a alma leve o coração suave;;
    beijinhos
    Carol

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Signifique.
Deixe na vida alguma coisa terna.
Eterna.

(Patty Vicensotti)